Panama Sunrise #2 - WWE Slammy Awards 2015



Olá pessoal. Já de volta com a segunda edição do #Panama Sunrise, e para falar dos vencedores do WWE Slammy Awards 2015. O que tinha tudo para ser uma enorme vergonha, melhorou conforme o tempo foi passando. 


Antes da RAW começar, foram anunciados os vencedores de determinadas categorias no pré-show. Sinceramente, fiquei desanimado logo no início... como assim os The Usos ganham a categoria Dupla do ano? Se não estou totalmente equivocado, eles lutaram em apenas 4 PPV’s no ano, de resto ficaram a se recuperar de lesões. Seria mais lógico até entregar este Slammy aos Prime Time Players. Eu estava totalmente certo de que não tinha para onde correr, os New Day sairiam com o ouro. Estes estiveram em 12 PPV’s, onde venceram 6 e carregam o título de Duplas por mais de 170 dias, além do fato de serem a principal atração da WWE por vários meses, o que os tornou também num sucesso de vendas. Coisas que só acontecem na WWE...


Com o show já em andamento, vimos o Dolph Ziggler aparecer para anunciar a Revelação do ano. Novamente, eu estava certo de que quem eu pensava que iria ganhar, iria de fato ganhar. Esse alguém era o Kevin Owens. Quando ouvi sair da boca do Ziggler o nome do Neville, pensei que ele estava caçoando porque não queria dizer que o vencedor era o cara que o atacou brutalmente na RAW anterior. Tipo, como assim? Como o Owens que conquistou o NXT após dois meses de sua estréia, derrotou o maior nome da década na WWE em seu primeiro combate no main roster, e mais tarde veio a ser Intercontinental Champion, perdeu o Slammy para o Neville? É verdade que o Neville deu bons saltos no main roster, mas foi só isso. Quando ele esteve em seu melhor momento, o destaque na verdade era para um ator de Hollywood (que também ganhou um Slammy). Mas, bem, espero este seja o indício de uma possível valorização para este gajo que é dos melhores, e ainda não teve a oportunidade de mostrar seu potencial no main roster. E para o Owens, que continue a ser quem sempre foi que sua hora chegará. 


No momento chocante do ano, Kalisto, que veio a fazer parte dos envolvidos nesta categoria somente há duas semanas, derrubou uma vasta lista de gente para ganhar. Se dessa vez eu acho ruim? Nem um pouco. Apesar de que para mim o cash-in foi sem dúvidas o momento mais chocante do ano, executar um Salida del Sol do topo de uma escada sobre a outra é um ato de muita coragem. Fico imensamente feliz pelo pequeno mascarado. Mais uma vez, sinto que este está aos poucos criando um forte nome. Não duvido que já na Royal Rumble ele saia a eliminar alguns dos grandes nomes do atual roster da WWE. 


The Rock e Ronda Rousey venceram o momento “This is Awesome” do ano, e confesso que já esperava por este resultado. Não porque foi o melhor, porque não foi. Aliás, de todos os momentos citados, este foi o pior. Mas o The Rock traz visibilidade a WWE e a WWE traz visibilidade ao The Rock. Isso nunca vai mudar. E o fator principal: Ronda Rousey. Se quando detinha de uma invencibilidade a WWE já flertava dia e noite com ela, agora que sofreu sua primeira derrota a WWE vai cair em cima. Qualquer maneira que a WWE tiver para falar no nome dela, ela vai falar. 


Na luta do ano, Brock Lesnar vs Undertaker no Hell in a Cell saiu-se vencedora. O combate foi realmente ótimo, acho até que foi o melhor que estes dois já fizeram durante tantos anos de rivalidade. Mas a palavra “melhor” poderia ter sido melhor encaixada nesta categoria. John Cena, Seth Rollins e o próprio Lesnar fizeram o que para mim, foi o combate do ano na Royal Rumble. 


Undertaker vs Brock Lesnar também recebeu o prêmio de rivalidade do ano, dessa vez, com méritos de sobra. Claro, ao menos porque a verdadeira rivalidade do ano que foi entre o John Cena e Kevin Owens sequer foi incluída na categoria. Mas o simbolismo que essa rivalidade passou não é algo que acontece todos os dias ou todos os anos. É algo que só acontece uma vez na vida, e a possibilidade desta nova geração, seja nos ringues ou como fãs, terem visto o Taker dar o sangue em pleno 2015 merece todo o respeito.


Nikki Bella com todos os méritos recebeu o prêmio de Diva do ano. Leiam bem, Diva do ano, não Women, mas Diva. Claro, é verdade que se pararmos para pensar e recapitular tudo, ela não fez nada de diferente do que as demais veteranas do roster. Mas possuiu um longo reinado, que também se for bem observado, foi tratado como algo difícil de aturar. Mas os números existem como prova para tudo e no caso dela não foi diferente. 


Na parte final, deixo para falar do Superstar do ano. Eu já estava crente de que os demais grandes nomes faces da companhia ganhariam. Afinal, apesar de não acreditar, a empresa insiste em dizer que os votos são dos fãs. Se no ano passado em que o Seth Rollins havia sido o melhor mas perdeu o prêmio para o Roman Reigns que não fez absolutamente nada, então nesse ano em que o Reigns esteve muito melhor, contando também com o ano simplesmente fantástico do John Cena, minhas esperanças foram por água abaixo. Eu estava desanimado enquanto assistia, ainda mais quando vi a Stephanie McMahon se dirigindo para anunciar o vencedor. Para mim, ela anunciaria o Roman Reigns para dar continuidade a sua rivalidade, e claro, com aquela cara de quem não gostou nada do resultado. Mas quando vi um esboço de sorriso nos lábios dela ao abrir o envelope, estava dito, Seth Rollins de fato era o superstar do ano. Faltava apenas o anuncio para de maneira eufórica, eu comemorar quando "The Second Coming” (sua theme song) começou a tocar.


De qualquer maneira, eu ficaria feliz por uma vitória do John Cena. Não é segredo para ninguém que o ano de 2015 para ele foi ótimo, e olha que nem precisou ganhar o título principal (viu WWE?). Este foi de longe seu melhor ano dentro dos ringues, e onde mesmo saindo vitorioso, conseguiu apresentar inúmeras jovens caras aos fãs e de certa forma, dar prestígio ao United States Championship. Mas a verdade é que diferente do Seth Rollins, o John Cena não costumou enfrentar dificuldades no seu booking. Pelo contrário, ele pode ter sido o campeão de um título secundário, mas seu booking e status era de main eventer. O único dever dele era ganhar. Já o Seth Rollins... este esteve envolvido nas melhores rivalidades, mas ao mesmo tempo, sua personagem sofria de um terrível booking. Todas as semanas nos blogs deste esporte, os fãs falavam de sua situação como campeão. E é aqui que encontro o ponto para o desempate deste jovem com o John Cena. Ser o melhor com o caminho aberto para ser o melhor é fácil, mas ser o melhor com todo o tipo de adversidade imposta pela empresa são outros quinhentos. Rollins passou exatos dois meses sem sair por cima dos seus rivais em shows semanais (durante a rivalidade com o Sting e mais tarde o Kane), mas mesmo assim, sempre era elogiado por conta de seu trabalho. Sim, amigos, até para perder você tem que ser bom. Aliás, aí é que têm de ser mesmo.  Pois perder e continuar credível é coisa para poucos.


De resto é só história. Seth foi primeiro homem a fazer o cash-in numa Wrestlemania e se tornar WWE World Heavyweight Champion, primeiro a homem a ser WWE World e United States Champion ao mesmo tempo, etc. 


Bom, isso é tudo pessoal. Para terminar deixo um até mais e o discurso do Superstar of the Year, Seth Rollins: "Eu quero que todos possam me escutar atenciosamente. Em 2016, eu vou redesenhar Seth Rollins. Eu vou reconstruir a mim mesmo. Eu vou voltar e recuperar o título que eu nunca perdi. Não importa se é Roman Reigns ou quem quer que seja, mantenha o título seguro, porque eu vou voltar para tomar o que é meu".